Nota: este artigo é apenas para você que ainda não conhece (ou conhece muito pouco) sobre Orientação a Objetos.

Nota 2: o artigo procurou utilizar a linguagem mais simples possível, principalmente focando em quem realmente não conheça nada de Orientação a Objetos.

Introdução

Ao longo dos anos, a qualidade e metodologia para desenvolvimento de softwares foi evoluindo. Atualmente um dos requisitos de um bom programador é, no mínimo, conhecer os dois paradigmas mais utilizados na programação. Programação estruturada e orientação a objeto. Os mesmos serão demonstrado neste artigo.

Paradigmas de Programação

Na prática, sempre que trabalharmos com programação, é necessário utilizar um paradigma de programação. É através do mesmo que é possível realizar a codificação de seus programas. Não misture paradigma com lógica de programação, independente de qual utilizar, a lógica é uma só. O que muda é apenas a maneira que você vai expor seu código.

Nota 3: existem diversos outros paradigmas. Mas o foco do artigo é nos dois principais (que aqui foram citados).

Paradigma Estruturado

A programação estruturada tinha o objetivo de ser criada para utilizar três estruturas para desenvolvimento: Sequência, decisão e interação. Foi criada por volta de 1975, focada em utilizar funções e sub-rotinas nos programas. O paradigma estruturado utiliza a programação imperativa. Na prática isso se deve pela questão de você desenvolver de uma forma lógica e com sequência. Você diz ao computador, faça isso, e depois isso. A questão de sub-rotinas e funções é um grande ponto da programação estruturada. Utilizando a mesma é possível concentrar pedaços de seus códigos em determinados blocos e, somente utilizá-los, quando for necessário.

A programação estruturada possui algumas características que a fazem ser um paradigma muito utilizado. Entre eles está o curto espaço de tempo para o aprendizado. Desenvolver de forma estrutural é uma maneira simples e objetiva, mas nem todas as linguagens possuem suporte a esse paradigma, por isso a programação estruturada tem cada vez mais perdido espaço no mercado.

É claro que ao desenvolver desta forma, você irá possuir uma produtividade muito maior, mas quando for necessário dar manutenção em seus sistemas, tanto na questão da produtividade e entendimento do seu código, será cada vez mais complicado. Outro grande fator que não justifica a utilização da programação estrutural é a questão da reutilização de código. Assim como em qualquer área, reaproveitar algo que já foi construído é sempre importante e, no mundo da programação, não é diferente.

Neste paradigma, reutilizar seus códigos, não é uma tarefa simples e, tentar ser o mais genérico possível não é uma tarefa simples, até porque você precisa de outras metodologias para realizar essas implementações de reaproveitamento total do código. Neste ponto, se você utilizar sub-rotinas pode começar a reaproveitar seus códigos, mas ainda sim o mesmo ficará sempre dependente de algum procedimento. O Desenvolvimento em equipe também não é uma tarefa simples, antes de tudo, independente de reuniões e especificações do software, cada desenvolvedor possui uma maneira de desenvolver, e apesar das empresas/equipes tentarem criar padrões, o código sempre será complexo e de difícil compreensão (e repetição).

Nota 4: o objetivo deste artigo não é mostrar o que é melhor ou pior, e sim mostrar pontos fracos e fortes de cada um.

Paradigma Orientado a Objetos

A programação orientada a objeto foi criada em conjunto com a linguagem Smalltalk. A mesma é hoje o paradigma de programação mais recomendado para o desenvolvimento de softwares. É também conhecida como OOP - Object Oriented Programming e POO - Programação Orientada a Objeto ou simplesmente OO (Orientação a Objetos). Além da parte de codificação, um de seus objetivos é a análise do projeto.

A compreensão dos conceitos na orientação a objetos é fundamental, para que seja possível colocá-los em prática. Outro fator importante é a utilização do mundo real para o desenvolvimento. Quando começamos a pensar de forma Orientada a Objeto, é preciso recorrer ao mundo real para o desenvolvimento das aplicações.

A Programação orientada a objetos tem como um dos seus grandes atributos o suporte às principais linguagens do mercado. Muitas linguagens que implementam a estrutural também utilizam o paradigma OO. Além disso, existem linguagens que utilizam somente a OO como seu paradigma. Um dos grandes fatores da POO é a fácil manutenção na aplicação. Utilizando técnicas da OO é possível desenvolver uma aplicação completa com fácil manutenção - isso inclui alterações de módulos e correções de erros etc. O trabalho em equipe é outra questão que faz a OO ser (já está) um paradigma cada vez mais contextualizado no mercado. Utilizando Padrões de Projeto (técnicas e metodologias utilizadas na OO), é possível melhorar ainda mais o trabalho em equipe. Com o passar do tempo será notório o quanto a orientação a objetos nos traz produtividade e reutilização de código. As oportunidades para desenvolvedores estão cada vez mais exigentes. Assim, o conhecimento de mais um paradigma, neste caso a OO, fará com que você comece a se encaixar nesses requisitos.

O Mercado procura sempre por profissionais qualificados, e atualmente a OO não é conhecimento adicional, mas sim, um requisito obrigatório para qualquer desenvolvedor.

Este artigo é um complemento do Curso de Java Grátis da RL System. É muito importante que você assista ao curso para dar continuidade ao curso.